Month: julho 2024

“Houve tempos” ou “houveram tempos”?

Ah, o maravilhoso mundo da gramática! Repleto de regras que parecem saídas diretamente de um livro de enigmas… Entre elas, temos o nosso querido e enigmático verbo “haver”. Se você já se pegou dizendo “houveram tempos” ou “houveram problemas”, sinto muito, mas a gramática não vai perdoar. Por que isso acontece? Vamos desvendar juntos esse mistério!

O sujeito da frase, então, resolveu tirar férias

Primeiramente, precisamos entender uma coisa básica: o verbo haver, quando usado no sentido de existir, simplesmente não tem sujeito. Sim, você leu certo. É como se o sujeito tivesse resolvido tirar férias eternas e nunca mais voltasse.

Imagine a seguinte frase: “Houve tempos em que tudo era feito manualmente.” Note como o “houve” está ali, solitário, segurando as pontas, sem nenhum sujeito para lhe fazer companhia. Isso acontece porque, nesse caso, o verbo haver é impessoal. Não se atreva a tentar colocar alguém para acompanhá-lo, ele gosta mesmo é da solidão.

Sempre na terceira pessoa do singular

Agora, vamos ao próximo passo da investigação: por que o “haver” insiste em ficar sempre na terceira pessoa do singular? É simples: como ele é impessoal, não há ninguém para conjugar com ele. Pense nele como aquele colega de trabalho que sempre faz tudo sozinho e não gosta de dividir tarefas.

Por isso, dizer “houveram tempos” é como tentar forçar esse solitário a participar de uma festa em que ele definitivamente não quer estar. A forma correta é sempre “houve”. Então, a frase correta é: “Houve tempos em que todo o trabalho era feito manualmente.” Viu como fica mais elegante?

O lobo solitário da gramática

Para nunca mais cair na armadilha de dizer “houveram”, pense no “haver” como o lobo solitário da gramática. Ele prefere a paz e a tranquilidade da terceira pessoa do singular. Respeite essa preferência e sua vida gramatical será muito mais tranquila.

Lembre-se: “Há muitas razões para estudar gramática” e “Houve momentos em que estudá-la parecia impossível”, mas nunca “houveram razões” ou “houveram momentos”.

Conselho valioso!

Então, da próxima vez que você estiver prestes a usar “houveram”, pare e pense: “O verbo ‘haver’ no sentido de existir não gosta de companhia. Ele é um solitário por natureza.” Mantenha-o na terceira pessoa do singular e você estará sempre no caminho certo.

A gramática agradece!

Qual o valor da boa dicção na obtenção de um emprego?

Acredite ou não, há quem diga que uma boa dicção pode ser o diferencial entre conseguir um emprego dos sonhos ou permanecer no temido limbo do desemprego. Afinal, não pega bem ter habilidades específicas e um currículo impressionante e não saber pronunciar bem as palavras.

Dizem que a comunicação clara é essencial no ambiente de trabalho. Imagine um cenário onde você, candidato brilhante, é chamado para uma entrevista. Seu currículo é impecável, sua experiência é vasta, mas quando você abre a boca, suas palavras saem emboladas, como se estivessem presas em um emaranhado linguístico. O entrevistador, evidentemente, não consegue entender metade do que você diz.

Ah, mas se você tivesse uma dicção perfeita! Aquele “bom dia” dito com clareza cristalina, aquele “prazer em conhecê-lo” que soa como música aos ouvidos do recrutador, sem dúvida isso pesaria muito a seu favor na garantia da sua vaga na empresa.

Boa pronúncia é um diferencial competitivo

Estamos na era em que a pronúncia correta das palavras se tornou o novo diferencial competitivo. Esqueça os cursos de especialização, os certificados de competências e o networking. Um dos segredos para obter o emprego dos seus sonhos está na sua capacidade de articular cada sílaba com precisão. Afinal, quem não quer um funcionário que, além de todas as suas competências, consegue dizer “proatividade” sem tropeçar nas letras?

A ironia das exigências modernas

É quase cômico pensar que, em um mercado de trabalho cada vez mais exigente, onde se busca inovação, adaptabilidade e pensamento crítico, a dicção ainda pode ser vista como um critério eliminatório. Claro, é importante comunicar-se bem, mas será que a perfeição na fala deve realmente ser um divisor de águas?

Enquanto alguns especialistas insistem na importância de uma comunicação impecável, outros podem argumentar que o conteúdo da mensagem é o que realmente importa. Mas se buscamos evoluir em tudo, nos aprimorarmos naquilo que a nossa profissão exige, por que não na linguagem? Então é realmente essencial falar bem. Afinal, não é só na busca de um emprego. Quem nunca ouviu a namorada ou o namorado dizer: “Puxa, como você fala bem! Que dicção maravilhosa!”? Uma frase como essa mexe com o ego da gente, não mexe?

A dicção no mundo real

No fim das contas, ter boa dicção é uma vantagem, sem dúvida. Mas vamos ser sinceros: não é ela que irá, por si só, garantir seu lugar ao sol no competitivo mercado de trabalho. Empresas procuram pessoas que tragam valor real, que tenham ideias inovadoras e que saibam colaborar com a equipe. Então, sim, trabalhe sua dicção, mas não se esqueça de que ela é apenas uma das muitas peças do quebra-cabeça.

Então, da próxima vez que você tropeçar em uma palavra durante uma entrevista, respire fundo. Fale de forma mais calma e pausada, que tudo ficará bem mais fácil.

Boa sorte e sucesso na próxima oportunidade!