Author : Marcos Antonio Fiorito

Não caia na tentação do uso de “a nível de”!

“A nível de”: um erro que precisa ser desnivelado! É cada vez mais frequente ouvirmos a expressão “a nível de” em diferentes contextos. Seja em conversas informais, noticiários ou até mesmo em textos acadêmicos, essa locução parece ter se tornado uma praga na língua portuguesa.

Mas qual o problema com “a nível de”? A resposta é simples: ela é um erro gramatical! A preposição “a” indica movimento, direção ou destino. Já a palavra “nível” é um substantivo masculino. Logo, a combinação “a nível de” não faz sentido do ponto de vista gramatical.

“A nível de” é um modismo que tem se infiltrado em nossa língua, mas que não tem uma função clara ou necessária na maioria dos contextos em que é empregado. Muitos o utilizam como sinônimo de “em relação a” ou “no que diz respeito a”, mas na realidade, ele só serve para complicar o que poderia ser simples e direto. 

Exemplos de erros:

  • A nível de conhecimento, ele é muito bom.
  • A empresa precisa investir a nível de tecnologia.
  • O governo não está fazendo o suficiente a nível de segurança pública.

Formas corretas:

  • O nível de conhecimento dele é muito bom.
  • A empresa precisa investir em tecnologia.
  • O governo não está fazendo o suficiente em segurança pública.

Outras alternativas:

  • No que diz respeito a;
  • Quanto a;
  • Em termos de;
  • No tocante a.

É importante lembrar que a língua portuguesa é rica e complexa, e existem diversas maneiras de expressarmos nossas ideias de forma correta e elegante. Portanto, vamos juntos desnivelar o uso de “a nível de” e contribuir para a preservação da nossa língua!

“Tudo haver” ou “Tudo a ver”?

Haver e “a ver” são dois elementos que geram dúvidas frequentes na língua portuguesa. Apesar de serem pronunciados da mesma forma, possuem significados e usos distintos.

1. Haver:

  • Verbo impessoal: indica existência, tempo decorrido ou necessidade.
  • Exemplos:
    • muitos livros na estante;
    • Faz cinco anos que me mudei;
    • É preciso ter cuidado ao dirigir.

2. A ver:

  • Expressão: formada pela preposição “a” e o verbo “ver”;
  • Significado: ter relação, estar conectado.
  • Exemplos:
    • Isso não tem nada a ver com o assunto;
    • Sua escolha profissional tem tudo a ver com seus sonhos.

3. “Tudo a ver”:

  • Expressão muito utilizada no português informal.
  • Significado:
    • Perfeito, adequado, interessante;
    • Ex: Essa música tem tudo a ver com o meu estado de espírito.
  • Cuidado:
    • Evite usar “tudo a ver” em situações formais.

4. Dicas para diferenciar “haver” e “a ver”:

  • Verbo impessoal:
    • Não possui sujeito;
    • É seguido de complemento nominal;
    • Ex: Haverá uma festa amanhã.
  • Expressão:
    • Possui sujeito;
    • É seguido de preposição “com” e complemento;
    • Ex: Isso não tem nada a ver comigo.

5. Dica extra:

  • Para diferenciar “haver” e “a ver”, você também pode pensar na forma negativa:

    • Haver: não haver (ex: Não  tempo para isso.);
    • A ver: não ter nada a ver (ex: Isso não tem nada a ver comigo.).

Lembre-se: a prática leva à perfeição! Leia com frequência, consulte dicionários e gramáticas, e pratique a escrita para dominar o uso de “haver” e “a ver”.

Linguagem informal x Linguagem acadêmica: Qual a diferença?

Linguagem informal:

  • Uso: Contexto descontraído, amigos, familiares, redes sociais.
  • Características:
    • Expressões coloquiais (“tá”, “pra”, “vou”);
    • Gírias (“maneiro”, “da hora”, “blz”);
    • Abreviações (“pq”, “vc”, “msg”);
    • Frases curtas e simples;
    • Contrações (“tá bom”, “não sei”);
    • Humor e ironia.

Linguagem acadêmica:

  • Uso: Contexto formal, trabalhos acadêmicos, artigos científicos, apresentações.
  • Características:
    • Norma culta da língua;
    • Vocabulário técnico e específico;
    • Frases longas e complexas;
    • Terceira pessoa do singular;
    • Impessoalidade;
    • Objetividade;
    • Clareza e precisão.

Quando usar cada uma?

  • Informal:
    • Conversas com amigos e familiares;
    • Redes sociais;
    • Mensagens instantâneas;
    • E-mails informais.
  • Acadêmica:
    • Trabalhos acadêmicos;
    • Artigos científicos;
    • Apresentações;
    • Resenhas;
    • Relatórios;
    • Monografias;
    • Dissertações;
    • Teses.

Dicas:

  • Adapte a linguagem ao seu público: Use linguagem informal com amigos e familiares, e linguagem formal em contextos acadêmicos e profissionais;
  • Seja claro e objetivo: Evite ambiguidades e frases longas e complexas;
  • Revise seu texto: Verifique se há erros gramaticais e ortográficos.

Resumo:

  • A escrita informal é mais descontraída e coloquial, enquanto a escrita acadêmica é mais formal e rigorosa;
  • A escolha da linguagem depende do contexto e do público-alvo;
  • É importante adaptar a linguagem ao seu público para garantir uma comunicação clara e eficaz.

Lembre-se:

  • Dominar as diferentes modalidades da linguagem é essencial para se comunicar de forma eficaz em diferentes situações;
  • A escolha da linguagem certa pode fazer a diferença no seu sucesso profissional e acadêmico.

A leitura como aliada essencial na arte de escrever bem

Ler e escrever são duas faces da mesma moeda: habilidades interligadas que se complementam e se nutrem mutuamente. A leitura, por um lado, expande nossa mente, enriquece nosso vocabulário e nos permite conhecer diferentes estilos e técnicas de escrita. Já a escrita, por outro lado, nos desafia a organizar ideias, estruturar pensamentos e comunicar com clareza e precisão.

Por isso, a leitura é um pilar fundamental para quem deseja escrever bem. Ao lermos com atenção e análise, absorvemos diversos elementos que aprimoram nossa própria escrita:

1. Vocabulário:

  • A leitura nos expõe a uma variedade de palavras e expressões, ampliando nosso vocabulário e enriquecendo nossa capacidade de comunicação;
  • Ao lermos textos de qualidade, observamos como autores experientes utilizam palavras de forma precisa e eficaz, o que nos inspira a buscar o mesmo nível de refinamento em nossa própria escrita.

2. Estrutura e organização:

  • Ao lermos diferentes tipos de textos, como artigos, livros e contos, observamos como os autores estruturam seus argumentos, organizam suas ideias e desenvolvem seus temas;
  • Essa análise nos ajuda a compreender como construir textos coesos e coerentes, com um bom fluxo de ideias e argumentos sólidos.

3. Estilo:

  • A leitura nos permite conhecer diferentes estilos de escrita, desde o formal e acadêmico até o informal e criativo;
  • Essa experiência nos ajuda a encontrar nosso próprio estilo de escrita, que seja autêntico e eficaz para comunicar nossas ideias.

4. Criatividade:

  • A leitura nos leva a novos mundos e perspectivas, aguçando nossa criatividade e imaginação;
  • Ao lermos histórias ficcionais, por exemplo, somos inspirados a criar nossos próprios personagens, cenários e enredos.

5. Conhecimento:

  • A leitura nos permite adquirir novos conhecimentos sobre diversos temas, o que amplia nossa base de dados e enriquece nossa escrita;
  • Ao escrevermos sobre um determinado tema, podemos utilizar os conhecimentos adquiridos através da leitura para embasar nossos argumentos e tornar nosso texto mais informativo e confiável.

Dicas para potencializar o aprendizado através da leitura:

  • Leia com atenção e análise: Não se contente em simplesmente ler as palavras. Vá além, buscando compreender as ideias do autor, sua argumentação e estilo de escrita;
  • Faça anotações: Anote palavras novas, trechos que você achou interessantes ou que podem ser úteis para sua própria escrita;
  • Releia: Releia os textos que você mais gostou para absorver melhor os detalhes e aprimorar sua compreensão;
  • Varie seus gêneros de leitura: Leia livros, artigos, blogs, notícias e outros tipos de textos para ter contato com diferentes estilos e técnicas de escrita;
  • Participe de grupos de leitura: Discutir sobre os livros que você leu com outras pessoas pode te ajudar a ter novas perspectivas e insights sobre a escrita.

Lembre-se:

A leitura é um processo contínuo que exige dedicação e prática. Quanto mais você ler, melhor você escreverá.

Textos elaborados por Inteligência Artificial podem ser assinados por um humano? Resposta do Copilot

Sim, é possível que uma pessoa assine um texto elaborado por Inteligência Artificial (IA) como se fosse autoria dela. No entanto, existem considerações importantes:

  1. Assinatura Simbólica:
    • Uma pessoa pode escolher assinar um texto gerado por IA como uma forma simbólica de indicar que o conteúdo foi revisado ou aprovado por ela.
    • Essa assinatura não implica que a pessoa tenha criado o texto originalmente, mas sim que ela endossa ou está associada a ele.
  2. Transparência e Ética:
    • É fundamental ser transparente sobre a origem do texto.
    • Se alguém assina um texto gerado por IA, deve informar claramente que a autoria real é da IA.
    • A ética exige que não se atribua falsamente a autoria a si mesmo quando não se é o autor original.
  3. Contexto e Intenção:
    • A intenção por trás da assinatura é relevante. Se a pessoa está usando o texto para fins criativos, informativos ou comerciais, a transparência é essencial.
    • Em contextos artísticos ou literários, a assinatura pode ser mais flexível, mas ainda assim, a origem do texto deve ser esclarecida.

Em resumo, é possível assinar textos gerados por IA, mas a honestidade e a transparência são cruciais para evitar confusões e garantir a integridade da autoria.

OBS: Como dito no título, resposta do App Copilot à pergunta: “Textos elaborados por IA podem ser assinados?”.

Textos elaborados por Inteligência Artificial podem ser assinados por um humano? Resposta do ChatGPT

“A questão de assinar textos elaborados por inteligências artificiais (IA), como eu, é interessante e depende do contexto em que o texto será usado. Aqui estão algumas considerações:

1. Autoria da IA:  Como uma IA, não tenho personalidade ou existência própria. Eu sou um programa de computador criado pela OpenAI. Assim, tecnicamente, não tenho capacidade de “assinar” um texto como um autor humano faria.

2. Propriedade Intelectual: Os textos gerados por uma IA são considerados propriedade intelectual de quem detém os direitos sobre o programa de IA. No caso do modelo de IA da OpenAI, os direitos autorais pertencem à OpenAI.

3. Contexto de Uso: Em muitos casos, os textos produzidos por uma IA são usados em nome de quem a está utilizando. Por exemplo, um usuário pode usar um texto gerado por mim e assiná-lo com seu próprio nome como autor. Isso é comum em relatórios, artigos, posts em redes sociais, entre outros.

4. Transparência: É ético e muitas vezes recomendável indicar quando um texto foi gerado por uma IA. Isso garante transparência e ajuda a evitar mal-entendidos sobre a autoria. Muitas vezes, é considerado adequado mencionar que o texto foi “criado com a assistência de uma inteligência artificial”, por exemplo.

5. Direitos de Atribuição: Se você deseja reconhecer o papel da IA na criação do texto, pode incluir uma nota ou um rodapé explicando que o conteúdo foi gerado por um programa de IA específico, como o ChatGPT da OpenAI.

Em resumo, enquanto uma IA não pode “assinar” um texto como um autor humano faria, você pode incluir informações sobre a origem do texto para garantir transparência e credibilidade. Se houver dúvidas sobre como atribuir autoria em um contexto específico, é sempre recomendável buscar orientação adicional.”

OBS: Como dito no título, resposta do App ChaGPT à pergunta: “Textos elaborados por IA podem ser assinados?”.

Textos elaborados por Inteligência Artificial podem ser assinados por um humano? Resposta do Gemini

A questão da assinatura de textos elaborados por IA é complexa e ainda não há um consenso definitivo. Diversos fatores devem ser considerados, como:

1. Autoria:

  • A IA é considerada autora do texto?
  • Quem detém os direitos autorais?
  • O desenvolvedor da IA?
  • O usuário que a utiliza?
  • Ou a própria IA?

2. Transparência:

  • É importante que o público saiba que o texto foi escrito por IA?
  • Se sim, como essa informação deve ser transmitida?
  • Através de uma assinatura específica?
  • De uma nota explicativa?

3. Responsabilidade:

  • Quem é responsável pelo conteúdo do texto?
  • A IA?
  • O desenvolvedor?
  • O usuário?
  • Como garantir a veracidade e a qualidade do conteúdo?

4. Impacto na indústria:

  • Como a assinatura de textos por IA impactará diferentes setores, como o jornalismo, a academia e a literatura?
  • Que medidas podem ser tomadas para minimizar os impactos negativos?

5. Aspectos éticos:

  • É ético assinar um texto como se fosse escrito por um humano quando, na verdade, foi criado por uma máquina?
  • Quais são as implicações para a criatividade e a originalidade?

Exemplos de soluções:

  • Atribuição: Incluir uma assinatura que identifique a IA como autora, como “[Nome da IA]”.
  • Marca d’água: Inserir uma marca d’água no texto para indicar que foi gerado por IA.
  • Metadados: Adicionar metadados ao texto que indiquem sua origem e autoria.
  • Plataformas específicas: Criar plataformas que facilitem a identificação de textos escritos por IA.

Considerações finais:

A assinatura de textos por IA é um tema em constante debate. É crucial que diferentes stakeholders, como desenvolvedores de IA, profissionais da comunicação, autores e o público em geral, participem da discussão para que se possa encontrar soluções justas e transparentes.

Recursos adicionais:

OBS: Como dito no título, resposta do App Gemini à pergunta: “Textos elaborados por IA podem ser assinados?”. 

Qual a importância da revisão textual em trabalhos acadêmicos

Quando se trata de produzir um trabalho acadêmico, a pesquisa é apenas o primeiro passo de uma jornada crucial. Após horas dedicadas à coleta de dados, análises e reflexões profundas, chega o momento igualmente importante de revisar o texto. A revisão textual pode ser a diferença entre um trabalho que brilha e outro que, apesar do conteúdo valioso, não atinge seu potencial máximo. Vamos explorar a relevância desse processo e por que cada estudante deve abraçá-lo com seriedade.

1. Claridade e coerência

Uma revisão cuidadosa ajuda a garantir que suas ideias sejam apresentadas de forma clara e coerente. Quando você está imerso em seu próprio trabalho, é fácil assumir que certas transições ou explicações são óbvias para o leitor. No entanto, o que é claro para você pode não ser tão evidente para outros. Revisar permite que você veja seu texto com “olhos frescos”, identificando áreas onde a lógica pode ser aprimorada e as conexões entre as ideias podem ser fortalecidas.

2. Correção gramatical e ortográfica

Erros gramaticais e ortográficos podem prejudicar a credibilidade de qualquer trabalho acadêmico. Uma vírgula fora de lugar ou um erro de concordância podem distrair o leitor e diminuir a qualidade percebida do seu texto. A revisão cuidadosa ajuda a identificar e corrigir esses erros, garantindo que sua escrita seja profissional e precisa.

3. Adequação ao estilo e normas

Cada área de estudo possui suas próprias normas e estilos de escrita. Seja ABNT, APA, MLA, Chicago, Vancouver ou outros estilos específicos, é crucial que seu trabalho siga as diretrizes estabelecidas. A revisão textual ajuda a garantir que seu trabalho esteja em conformidade com essas normas, desde a formatação das referências até a estrutura dos parágrafos.

4. Polimento e refinamento

Além de corrigir erros, a revisão textual também oferece a oportunidade de polir seu trabalho. Isso inclui a escolha de palavras mais precisas, a eliminação de repetições desnecessárias e a garantia de que cada parágrafo contribua efetivamente para o argumento geral. O resultado final é um trabalho acadêmico refinado, onde cada palavra serve a um propósito claro e a mensagem é transmitida de forma poderosa.

5. Demonstra respeito pelo leitor e pela própria pesquisa

Por fim, revisar seu trabalho acadêmico mostra um profundo respeito pelo leitor e pela pesquisa que você conduziu. É uma declaração de que você valoriza a clareza, a precisão e a qualidade da sua escrita tanto quanto valoriza as descobertas que está compartilhando. Além disso, ao dedicar tempo à revisão, você também demonstra respeito pelo seu próprio trabalho, garantindo que ele seja apresentado da melhor forma possível.

Em resumo, a revisão textual não é apenas um passo opcional, mas sim uma etapa essencial no processo de produção de trabalhos acadêmicos de alta qualidade. Ela não só melhora a clareza e a precisão da sua escrita, mas também demonstra um compromisso com a excelência acadêmica.

6. Vale a pena contratar um revisor?

Além da revisão pessoal, há também o benefício de considerar a contratação de um revisor profissional. Um revisor experiente traz uma perspectiva imparcial e especializada para o seu trabalho, identificando não apenas erros gramaticais, mas também sugerindo melhorias na estrutura, na clareza e na consistência do texto. Investir em um revisor não apenas aumenta a qualidade do seu trabalho, mas também proporciona uma oportunidade valiosa de aprendizado, já que você pode receber feedback específico e direcionado para aprimorar suas habilidades de escrita acadêmica. É um investimento no próprio sucesso acadêmico que pode fazer toda a diferença na apresentação final do seu trabalho.

Estratégias para elaboração de TCC

Ataque a escola ou à escola?

O emprego ou não da crase continua sendo um problema para a maioria dos brasileiros, inclusive para aqueles que teriam, a fortiori, obrigação de conhecer melhor a respeito. Notícia do G1 de hoje diz: “Adolescente usou arma de pai em ataque a escola na Bahia; delegado investiga participação dele em outros casos”. O erro está tanto na chamada quanto na notícia propriamente dita. Ou seja, houve cochilo do autor e do revisor (se é que há um revisor de notícias no G1…). Corrigindo, o correto é empregar a crase: “… em ataque à escola”. Uma regrinha fácil para saber se vai ou não crase nesses casos, será substituir a palavra feminina por uma masculina; se couber “ao”, então vai crase. Veja: “… em ataque ao colégio”. Notícia visualizada em 27/09/2022.