Essa língua portuguesa… Cara (rosto) | Cara (preço) | Cara (pessoa)
Vamos falar sobre uma curiosidade da nossa língua portuguesa que pode confundir quem é de fora e não fala nosso idioma: a palavra “cara” pode ter significados bem diferentes. Por sinal, essa peculiaridade da nossa língua, por onde uma mesma palavra pode ter sentidos tão distintos, causa espécie em muitos estrangeiros. E não é para menos, pois são significados que mudam totalmente de acordo com o contexto.
Cara (rosto)
Quando falamos “cara” no sentido de rosto, estamos nos referindo à parte da frente da cabeça humana, onde estão os olhos, o nariz e a boca. Por exemplo: “Ela tem uma cara simpática!”. Nesse caso, “cara” é sinônimo de rosto, e é aquela parte que todo mundo adora mostrar nas selfies! Então, se alguém disser que você tem uma “cara bonita”, pode ficar feliz, pois estão elogiando a sua face!
Cara (coisa de valor elevado)
Agora, quando alguém diz que algo é “caro”, está se referindo ao preço alto de um item ou serviço. Por exemplo: “Esse carro é muito caro!”. Então, esse “caro” significa que custa muito dinheiro, algo que pode ser pesado no bolso. Quando se diz: “Essa joia é cara!”, não tem nada a ver com o nosso rosto! Outra expressão com significado de alto valor é: “Visitar os meus amigos me é uma coisa muito cara!” Por isso se diz: “Cara, Fulana; Caro Fulano”.
Cara (pessoa)
“Cara” também pode ser usado para se referir a uma pessoa, geralmente de maneira informal. Por exemplo: “Aquele cara é muito sério.” Nesse contexto, “cara” é sinônimo de sujeito, indivíduo ou simplesmente alguém. É uma maneira descontraída e cotidiana de falar sobre uma pessoa, muito comum no português falado no Brasil.
O segredo está no contexto
É fascinante como a mesma palavra pode ter significados tão diferentes, não é? A diferença de sentido fica evidente quando observamos o contexto da frase. No primeiro, estamos falando de algo físico, visível, nosso rosto; no segundo caso, estamos falando de valor financeiro; no terceiro, de alguém. Por isso, prestar atenção no contexto é essencial para não se confundir.
Então, se ouvir alguém falando “cara” por aí, já sabe: pode ser rosto, preço de algo ou pessoa. O que importa é não se confundir!
Linguagem informal x Linguagem acadêmica: Qual a diferença?
Linguagem informal:
- Uso: Contexto descontraído, amigos, familiares, redes sociais.
- Características:
- Expressões coloquiais (“tá”, “pra”, “vou”);
- Gírias (“maneiro”, “da hora”, “blz”);
- Abreviações (“pq”, “vc”, “msg”);
- Frases curtas e simples;
- Contrações (“tá bom”, “não sei”);
- Humor e ironia.
Linguagem acadêmica:
- Uso: Contexto formal, trabalhos acadêmicos, artigos científicos, apresentações.
- Características:
- Norma culta da língua;
- Vocabulário técnico e específico;
- Frases longas e complexas;
- Terceira pessoa do singular;
- Impessoalidade;
- Objetividade;
- Clareza e precisão.
Quando usar cada uma?
- Informal:
- Conversas com amigos e familiares;
- Redes sociais;
- Mensagens instantâneas;
- E-mails informais.
- Acadêmica:
- Trabalhos acadêmicos;
- Artigos científicos;
- Apresentações;
- Resenhas;
- Relatórios;
- Monografias;
- Dissertações;
- Teses.
Dicas:
- Adapte a linguagem ao seu público: Use linguagem informal com amigos e familiares, e linguagem formal em contextos acadêmicos e profissionais;
- Seja claro e objetivo: Evite ambiguidades e frases longas e complexas;
- Revise seu texto: Verifique se há erros gramaticais e ortográficos.
Resumo:
- A escrita informal é mais descontraída e coloquial, enquanto a escrita acadêmica é mais formal e rigorosa;
- A escolha da linguagem depende do contexto e do público-alvo;
- É importante adaptar a linguagem ao seu público para garantir uma comunicação clara e eficaz.
Lembre-se:
- Dominar as diferentes modalidades da linguagem é essencial para se comunicar de forma eficaz em diferentes situações;
- A escolha da linguagem certa pode fazer a diferença no seu sucesso profissional e acadêmico.